Passadiços do Côa

RIO DOURO E RIO CÔA

O Rio Côa nasce em Fóios, a 1.175 m de altitude, na serra das Mesas, no concelho do Sabugal, e percorre 135 km até desaguar na margem esquerda do rio Douro, que se avista deste local. É um dos poucos rios portugueses que corre na direção sul-norte.

Antes da construção da Barragem do Pocinho, em 1981, o rio Côa apresentava, neste ponto, um pequeno curso de água, conhecido localmente como “a ribeira”, devido à pouca água que levava, sobretudo nos meses de Verão. Era usada por moleiros, lavadeiras com cestas de roupa à cabeça, e era local de banhos nos dias quentes de verão e ponto de encontro de pessoas e gerações.

Até à construção da ponte rodoviária que atravessa o rio Côa, incluída na EN222, a travessia deste curso de água era feita de barca. A ‘barca do Côa’, nome por que conhecida esta embarcação em madeira, permitia a ligação entre a parte Este e a sede de Vila Nova de Foz Côa, tanto no transporte de pessoas, como animais e mercadorias.

Atualmente, é nas margens rio Côa que se encontra a maior concentração ao ar livre de Arte Rupestre do Paleolítico Superior conhecida no mundo. Este curso de água acompanha também a GR45 – Grande Rota do Vale do Côa, um trilho 200 km marcado nos dois sentidos, entre a nascente e a foz, que termina nas imediações.

O Rio Douro demarca o limite do concelho de Vila Nova de Foz Côa, a Norte. Nasce em Espanha, na Serra de Urbión, a 2.160 m de altitude e tem a sua foz na cidade do Porto, após 897 km de comprimento, dos quais 572 km em território espanhol, 112 km a servir de fronteira entre Portugal e Espanha, e 213 km navegáveis em Portugal.

Antes da chegada do comboio a Foz Côa, em 1887, o rio era o principal meio de comunicação entre o interior e o litoral, e também a nível local, entre margens, com barcas. Pelo menos desde 1200 que as barcas taverneiras transportavam os vinhos. Depois vieram os barcos rebelos (ou rabelos), cheios de pipas de vinho, navegando entre as quintas do interior e as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Transportavam também sacos de amêndoa, cereais, sumagre (planta usada em medicina, tinturaria e curtumes), apanhado em Foz Côa e ao longo do Douro, com destino ao litoral. Os barcos subiam depois o Douro, levando outros produtos.  As viagens eram perigosas em ambos os sentidos devido à forte corrente.

Atualmente, o rio Douro é sinónimo de turismo e de desporto, sendo percorrido por cruzeiros com passeios de horas e dias, e tendo instalado alguns cais para desportos náuticos.

Sinta-se um viajante do Tempo neste museu ao ar livre que preserva gravuras com 30 mil anos.

Entenda porque os pombais foram e são tão importantes ao nível cultural, arquitetónico e ecológico.

Viva a natureza e a paisagem marcadas por uma biodiversidade extraordinária e espécies protegidas.

Observe os rios Douro e Côa e saiba mais sobre a sua relevante presença na ocupação humana.

Viaje ao passado e conheça a história e a função da mais bela linha ferroviária do país.